2018 chegou e defini uma meta bem ousada! Irei ler 40 livros esse ano, será quase um livro por semana!
O primeiro “check” já dei, tudo bem que tinha começado a leitura em 2017, mas finalizei em 2018, então está valendo!!
A escolha foi O Monge e o Executivo, eu ganhei de presente do meu marido após um novo desafio no trabalho e já corri para ler! Já tinha ouvido falar muito de alguns dos preceitos abordados, principalmente pelo Will (vulgo marido) que ama a obra.
Bom, esse livro é muito conhecido no Brasil, foram mais de 3.5 milhões de cópias vendidas pela Editora Sextante, a leitura é simples e bem rápida, tem muito diálogo e tem pouco mais de 100 páginas, em no máximo 3 dias dá para ler!
O livro trata da história de um monge e um executivo... óóóóóhhh, mas o monge também já tinha sido executivo e era um baita executivo conhecido. A história é de ficção e passa brevemente pela história do executivo (que não é o monge) e após essa apresentação se aprofunda em um mosteiro, onde o executivo se hospeda para um retiro espiritual de uma semana.
Por conta da narrativa acontecer em um retiro espiritual, a religiosidade é pauta regular, mas não imposta, já que alguns personagens repelem o tema. A liderança é o tema de estudo desse retiro, com encontros diários duas vezes ao dia, o monge, que é o responsável por conduzir as conversas, utiliza, principalmente, Jesus, como o melhor exemplo de líder de todos os tempos.
Há muitas citações de impacto de outros grandes líderes/ escritores, e a história vai se desenvolvendo com os key points trazidos pelo monge e discutidos pelos participantes, cujo perfis são bem diferentes, há um pastor, um executivo, uma diretora de escola, uma treinadora de um time de basquete e o mais polêmico que é um sargento do exército. Em alguns momentos a leitura me lembrava aquelas discussões na escola, onde sempre tem a garota prodígio que sabe tudo e cita grandes obras e o rebelde questionador.
Eu considero o livro como “auto ajuda”, pois é possível extrair insights muito interessantes para aplicar na sua vida, seja no trabalho ou na forma como você trata seus vizinhos, por exemplo.
Houveram muitas passagens que me fizeram refletir, algumas sobre atenção, respeito, compreensão, etc... Mas o que realmente me trouxe bastante luz e uma nova forma de encarar o mundo é a abordagem sobre o amor, “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, essa frase é bem legal, mas levando em consideração o que conheço de “amor” isso era uma coisa impossível! Todos? Todinhos? Até aquela mulher que fala mal de mim no trabalho e que me trata com grosseira, cara, só se eu fosse o Buda! Era isso que eu pensava, mas o livro me trouxe uma nova perspectiva, ele trata o amor, como um “verbo”, então, amar é uma ação, não necessariamente um sentimento, a minha leitura disso foi: eu não preciso sentir amor por uma pessoa, mas posso trata-la com amor, e o que isso significa? Significa respeitá-la como pessoa, ser compreensiva, ouvi-la, trata-la bem, ser educada... enfim, tratar como eu trataria alguém por quem eu sinta amor. Então é totalmente diferente, não há “sentimento” pela pessoa e sim uma expressão de quem sou, pois estarei falando de atitudes e não de emoções, o que é mil vezes mais fácil de controlar.
Durante meus 20 e poucos anos lutei muito contra esse sentimento, pois achava que meu coração tinha que saltar de amor por todos e essa nova forma de ver as coisas tirou uma carga emocional gigantesca de mim. Pude ter aquele instante de luz quando tudo fica muito mais claro e fácil de lidar.
Sugiro a leitura a todos! Sem exceção, pode acontecer de outro insight mudar algo de forma mágica dentro de você e também pode acontecer de você achar tudo uma tremenda baboseira! Enfim, é o bom e velho gosto!
Gosto de pensar que há momentos certos para aprender certas coisas, há janelas que se abrem com mais facilidade dependendo do que ocorre nas nossas vidas e há momento certo para tudo ;)
PS. Caso não queira comprar a obra, há versões online gratuitas ;)